• Perguntas Frequentes

1 - O que é medicina do viajante?
É uma área da medicina que estuda os cuidados com a saúde para que as pessoas viagem sem adoecer.

2 - Por que precisamos nos consultar antes de viajar?
Por vários motivos. Algumas doenças existem ou são mais comuns em certas partes do mundo, ou em certos períodos do ano. Malária, febre amarela e sarampo são alguns exemplos. Além disso, o viajante tende a mudar de hábitos durante a viagem, o que pode favorecer o surgimento de doenças como Hepatite A e Diarréia do Viajante.

3 - Minha viagem não inclui lugares exóticos, mesmo assim devo me consultar?
A consulta ao médico de viagem é importante independentemente do destino. Muitas cidades grandes, de países desenvolvidos, apresentam doenças endêmicas ou até mesmo epidêmicas e que podem ser prevenidas. Um exemplo recente é o surto de sarampo durante a Copa do Mundo de Futebol, na Alemanha, ou os casos em seres humanos de doença da Vaca Louca, no Reino Unido.

4 - Devo me consultar mesmo viajando dentro do Brasil?
Sim. Muitas pessoas sentem-se mais seguras quando viajam para destinos próximos de onde moram e acabam por aumentar a exposição a certos riscos quando, por exemplo, são menos cuidadosas no consumo de alimentos e bebidas ou no uso do repelente. Além disso, vivemos em um país de dimensões continentais, com grandes variações climáticas e condições de saúde pública muito distintas de um estado para o outro. A medicina do viajante considera estes e outros importantes fatores o que possibilita estabelecer os riscos e a prevenção. Por essa razão, vai sempre trazer benefícios para a proteção, mesmo que a pessoa esteja retornando para sua cidade de origem após anos morando em outro município ou estado.

5 - Minha viagem de negócios é de apenas dois dias. Preciso me consultar?
Embora o risco de adoecer seja menor quando o tempo de deslocamento/ permanência é pequeno, existem situações em que o “prejuízo” decorrente do adoecimento, mesmo que por um dia, é muito grande. Imagine realizar uma viagem de negócios para Tókio e passar com diarréia um dos três dias da estadia... Ou ainda, um jogador de futebol que passa apenas um dia no local de competição e é acometido pelo mesmo problema. O desempenho de ambos não será o melhor. Além disso, eles ainda correm o risco de contrair alguma doença que se manifestará apenas no retorno para casa, o que implica em prejuízos para a pessoa e para a empresa ou clube onde atua.

6 - Vou viajar para um local que já visitei antes. Preciso me consultar novamente?
Sim, porque as doenças não são “estáticas”. Uma cidade pode sofrer com o surto de determinada doença nunca registrado anteriormente. O CBMEVi monitora, através de rede de informações epidemiológicas, as ocorrências de doenças em cada destino do viajante, e , assim, pode orientar seu paciente.

7 - Estou viajando com mais pessoas. Todos precisam se consultar? Se estivermos indo para o mesmo local, são necessárias consultas individualizadas?
Sim. Isso porque cada pessoa tem uma “saúde”, ou seja, enquanto um dos viajantes pode sofrer com asma, o outro pode ser diabético. Um pode estar com o calendário vacinal em dia e o outro pode nem ter sido vacinado com as vacinas do calendário básico. Ou seja, cada um apresenta uma condição pessoal e necessita, portanto, de consulta e recomendações individualizadas. Viajantes de idades diferentes também precisam de recomendações diferentes. Assim, o uso do repelente ou de outras medidas contra a malária são diferentes para crianças, adultos, idosos ou gestantes, por exemplo.

8 - A consulta “em cima da hora” da viagem é válida?
Sim. Contudo, as consultas nunca devem ser marcadas em data muito próxima da partida, pois podem ser necessárias algumas vacinações com intervalos grandes entre as doses. Além disso, são necessários pelo menos dez dias para que o organismo produza resposta imunológica às vacinas. Mas o importante é saber que a consulta com o médico de viagem sempre vai trazer benefícios. Ele está preparado para analisar cada situação e propôr esquemas diferenciados de vacinação, com o objetivo de oferecer ao viajante a maior segurança possível.

9 - A consulta serve apenas para me dizer que vacinas devo tomar?
Embora uma parte importante da consulta de medicina do viajante esteja relacionada com vacinação, existem muitas doenças contra as quais ainda não dispomos de vacinas ou que, além da vacinação, requerem outros cuidados. São exemplos comuns: diarréia do viajante, dengue, malária, hepatite C, doença de chagas, elefantíase entre outras.

10 - Por que algumas vacinas não estão disponíveis nos postos de saúde?
As vacinas oferecidas nos postos pelo Ministério da Saúde fazem parte do calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é elaborado com base nas prioridades da saúde pública. Mas existem outras vacinas que também são importantes para a proteção do viajante, às vezes contra doenças que não ocorrem no município, estado ou país, mas que são registradas no destino de viagem.

11 - A medicina do viajante só me protege de doenças que eu posso “pegar” na minha viagem?
Não. Viajantes que possuem doenças crônicas como insuficiência coronariana, diabetes, lúpus, dermatite atópica, psoríase, doenças gastrointestinais entre outras, podem apresentar piora da sua doença durante a viagem. A medicina do viajante também reduz o risco de que isso ocorra.

12 - Porque a medicina do viajante ainda é pouco divulgada?
Porque, ao contrário do que ocorre em países como os EUA ou da Europa, a medicina do viajante é uma especialização relativamente nova no Brasil, e são poucos os profissionais ou locais disponíveis para atendimento.

13 - É realmente perigoso viajar sem as orientações da medicina do viajante?
Sim. Além de doenças menos graves mas que “estragam” a viagem, como diarréia, febres e gripe, o viajante pode contrair doenças como: febre amarela, malária, meningites, encefalites, raiva, entre outras. Condições que, dependendo do nível atendimento e agravamento, podem levar ao óbito.

14 - Contra quais doenças o viajante pode ficar protegido?
De modo geral, a medicina do viajante divide a prevenção das doenças em grupos: aquelas transmitidas por água e alimentos, como diarréia e hepatite A; as transmitidas por vetores, como malária e dengue; doenças de transmissão sexual, como HPV, HIV e Hepatite B e C; transmitidas por acidentes ou animais, como raiva e tétano; doenças transmitidas por via aérea, como gripe e tuberculose; aquelas causadas pelo meio-ambiente, como insolação e doença da altitude. As doenças que o paciente já possui, como diabetes, também são contempladas com orientações.

15 - Quais são as doenças mais comuns nos viajantes?
As transmitidas por águas, alimentos e por via aérea.

16 - Existe risco de morte?
Sim. Tanto pelo perigo de contrair doenças perigosas, como malária, dengue e diarréias invasivas, quanto pelo risco de doenças mais “brandas” em pacientes que já possuem alguma doença crônica. Para um viajante com insuficiência coronariana, o simples ato de viajar de avião pode representar risco aumentado, o que pode ser facilmente contornado com a consulta de medicina do viajante.